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A tecnologia de um carro elétrico já é uma realidade no Brasil e no mundo. Esse progresso altamente inovador tem como objetivo substituir completamente os automóveis com motor a combustão, de forma a contornar os elevados índices de poluição e a escassez de matéria prima para a produção dos combustíveis fósseis (petróleo).
Ainda que os carros elétricos sejam – à primeira vista – uma boa alternativa a essas questões, nem tudo é tão simples quanto parece. Existem algumas questões que dificultam para que os motores elétricos substituam por completo os motores à combustão, e vamos apresentá-las nesse texto.
Índice
Como funciona um carro elétrico?
Prós e contras dos carros elétricos
Você pode ler o texto na sequência ou selecionar um dos tópicos acima. Boa leitura !
Quando você acelera um veículo movido a combustível fóssil, o composto é injetado na câmara de combustão, onde se unirá ao ar e à faísca produzida pelas velas e então fará com que os pistões trabalhem para girar os eixos das rodas. Nos veículos elétricos, o movimento dos eixos das rodas surge a partir de um campo magnético gerado por uma corrente elétrica.
Os processos são mais simples, porém a tecnologia é mais avançada, e por isso muito mais cara. De forma sucinta, um carro elétrico funciona a partir de energia elétrica, com um sistema que contém bem menos componentes do que um carro à gasolina, por exemplo, mas que necessita de uma tecnologia muito mais custosa.
O primeiro carro elétrico foi lançado no ano de 1975, entretanto com uma estrutura e recursos bem mais simples comparados aos carros elétricos mais modernos. O carro chamado de “Itaipu E150”, em homenagem à Usina Hidrelétrica de Itaipu, fora desenvolvido pelo engenheiro mecânico e eletricista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel.Pesava apenas 460 kg e alcançava uma velocidade máxima de 30 km/h. O principal problema dos primeiros automóveis estava no peso das baterias, cerca de 320 kg, sua baixa autonomia (em torno de 50km) e seu alto tempo para recarga (aproximadamente 10 horas).
As baterias atuais, ainda que apresentem problemas similares aos encontrados por Gurgel, são bem mais avançadas, produzidas a partir de íons de lítio, a mesma tecnologia utilizada em baterias de celulares e notebooks. Hoje as baterias pesam cerca de 250kg e constituem algo próximo de 35% do valor do automóvel.
Os componentes de um carro elétrico atual são basicamente o módulo de controle, que atua como o “cérebro” do automóvel, responsável por receber as informações de aceleração e frenagem e enviar as informações para a bateria, com a quantidade de energia que esta deverá produzir. Os automóveis elétricos também possuem um motor, responsável por colocar o veículo em movimento girando os eixos das rodas. O motor dos automóveis elétricos possuem uma eficiência significativamente maior do que os motores dos movidos a combustível fóssil.
Existem ainda maiores tecnologias envolvidas nos veículos elétricos, tais como um sistema de frenagem inteligente, que recarrega parte da bateria quando o condutor pisa no freio. Além disso, o veículo reduz significativamente sua velocidade quando não há aceleração, atuando como um freio em alguns casos. Ainda que os carros elétricos possuam apenas duas marchas (frente e ré), alguns modelos são capacitados com diferentes modos de condução, como o Eco, que diminui o desempenho do motor mas economiza bateria, o B, que aumenta a recarga da bateria em frenagens e o D, que utiliza a potência máxima do motor mas consequentemente consome mais carga.
Existe ainda um terceiro tipo de veículo, fabricado para funcionar não apenas com eletricidade, mas que funciona também com combustíveis derivados do petróleo. Nesse caso, o automóvel pode possuir mais de um motor, e sua tração pode ser escolhida entre apenas combustível fóssil, apenas eletricidade, ou um misto de ambos. Dessa forma, é possível economizar combustível e também percorrer maiores distâncias sem o risco de a bateria do automóvel acabar.
Além da variedade de opções para transitar com o veículo, o motor a combustão também funciona como um gerador para o motor elétrico, assim se torna possível recarregar as baterias mesmo com o automóvel em movimento.
Atualmente, os carros híbridos mais modernos são conhecidos por hybrid electric, e compõem a maioria dos veículos movidos a energia. Esses automóveis são movidos de forma primária por combustíveis, mas também possuem a opção de transitarem com eletricidade, visando diminuir o consumo de combustível e aumentar a sustentabilidade.
Os motores dos carros elétricos, por não trabalharem com combustão, são extremamente silenciosos, o que – ainda que não seja o mais importante – é um ponto extremamente positivo em diversas situações.
Ainda que a produção de energia elétrica traga prejuízos ao meio ambiente, as emissões de poluentes na atmosfera são significativamente reduzidas com a utilização de carros elétricos. Dessa forma, quando houver desenvolvimento para que os meios de produção de energia prejudiquem menos o meio ambiente, o carro elétrico sem dúvida será extremamente melhor quando se trata de reduzir a poluição.
Ainda que os primeiros motores elétricos apresentassem um desempenho muito inferior aos carros de combustão, os modelos modernos não possuem esse problema, e ao contrário, contam com um desempenho até melhor do que os carros movidos a combustível. Isso ocorre porque o tempo de resposta às acelerações são menores e bem menos dissipativas, o que favorece imensamente o desempenho.
Ainda que inovadores e excelente alternativa ao preço dos combustíveis, os carros elétricos possuem um valor de mercado muito mais alto do que outros veículos. Os valores variam bastante entre modelos, mas com o preço de um automóvel elétrico considerado mais “simples” é possível adquirir modelos de última linha de grandes marcas.
Como qualquer máquina, os automóveis elétricos também estão passíveis de problemas. Por ser uma tecnologia extremamente avançada, sua manutenção também segue o mesmo nível. Assim, é muito mais difícil (e também mais caro), encontrar manutenção qualificada para esses automóveis do que para motores movidos à combustão.
Assim como as baterias de celulares e notebooks, as baterias de carros elétricos também possuem vida útil, e em algum momento terão de ser descartadas. Com o aumento do uso de baterias, isso pode ser um grande problema para o meio ambiente, principalmente por conta das emissões tóxicas desses materiais, isso claro, se não houver devida reciclagem.
No geral, carros elétricos surgem como uma grande alternativa para contornar alguns problemas com os carros à combustão, mas também não se isentam de outras preocupações. É necessário maior desenvolvimento das tecnologias atuais, para que esses problemas possam ser contornados, mas tudo isso ainda é só o começo.
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